O número de servidoras e servidores de Curitiba que foram afastados por problemas de saúde mental cresceu 13% de 2022 para 2023.

Os dados são do Departamento de Saúde Ocupacional da Prefeitura e foram divulgados após solicitação feita pelo mandato da vereadora Professora Josete (PT).

Se, em 2022, os números já eram alarmantes, com 2.553 afastamentos, em 2023 esse quantitativo cresceu cerca de 13%, chegando a 2.896, ou seja, 343 ocorrências a mais, ou melhor, 343 servidoras e servidores a menos nos postos de trabalho da Prefeitura.

De acordo com Adriane Alves da Silva, diretora da Secretaria de Imprensa e Divulgação do Sismmac, sindicato que representa o magistério municipal, este número tende a crescer. Dentre os principais fatores, estão as más condições de trabalho e a desvalorização. “Não dá para discutir saúde do trabalhador sem melhorar as condições de execução das tarefas no dia a dia”, afirma a dirigente.

Carreira – Outros elementos que apontam para um futuro ainda mais preocupante para a saúde mental dos protagonistas do serviço público de Curitiba são as alterações nos planos de carreira do funcionalismo.

A partir de agosto do ano passado, a servidora ou o servidor que tiver mais de 31 dias de afastamento por motivo de saúde fica impedido de pleitear os avanços salariais. Isso vai obrigar pessoas a irem trabalhar doentes, fazendo com que um problema físico se desdobre em um problema mental.

Mais detalhes – Diante da gravidade da situação, o mandato da vereadora Professora Josete (PT) solicitou que a Prefeitura forneça mais detalhes sobre o quadro de afastamentos por saúde mental . Informações como o cargo ocupado, idade e gênero são fundamentais para compreender melhor o problema.

Também foi solicitado informações quanto às medidas que o Executivo está tomando para acompanhar as servidoras e os servidores adoecidos e quais medidas estão sendo tomadas para estancar esse quadro.

Educação – Outro questionamento presente no requerimento é sobre a recém aprovada Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares. A dúvida é se a Prefeitura já está adotando medidas para garantir a aplicabilidade dessas medidas no corpo docente das nossas escolas.

One thought on “Afastamentos por problemas de saúde mental aumentam 13% entre os servidores de Curitiba

  • Josete sempre atenta aos problemas da população curitibana! Cobrar sempre da administração pública municipal! Parabéns!

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