No dia 13 de dezembro o nosso mandato participou do lançamento do relatório da pesquisa “Reconhecimento Facial nas Escolas Públicas do Paraná”, produzido por acadêmicos da UFPR e que trouxe dados alarmantes!

Para quem não sabe: sem consulta pública, o governador Ratinho Jr. contratou empresas privadas para implantar a tecnologia de reconhecimento facial nas escolas cívico-militares.

Todas as salas receberam o “Educatron”, pedestal que fica na frente da sala e fotografa a turma, monitorando quem está presente na aula, com a desculpa de “facilitar a chamada”.

Acontece que, como foi explicado pelos palestrantes na UFPR, esses dados biométricos (como imagens do rosto dos alunos) que são coletados e tratados pelas empresas, são “informações sensíveis” segundo a própria LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), mas os estudantes são forçados a cedê-los como pré-requisito para fazer a matrícula.

Isso é crime, já que a LGPD estabelece que nenhum direito fundamental (como a educação) pode ter como pré-requisito a concessão de dados pessoais sensíveis para seu acesso.

Para piorar: além de vários professores relatarem o aumento da dificuldade e demora nas chamadas, bem como inúmeras falhas e lentidão da tecnologia, foi revelado que a tecnologia de IA também é testada para monitorar as emoções dos alunos, no intuito de “vigilar e manter a ordem” em sala de aula.

A Secretária Estadual de Educação negou os testes, mas eles foram confirmados em diversos documentos encontrados pelos pesquisadores, como atas de reunião do Conselho Estadual de Educação e no próprio Edital de Licitação da tecnologia.

Tudo isso leva à realidade TECNOCRATA que este governo claramente pretende: o autoritarismo e o “controle” dos estudantes através da tecnologia.

É fundamental que a comunidade escolar fique atenta a este assunto.

Não vamos nos calar diante de mais esse absurdo da gestão Ratinho Junior.

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