A secretária municipal de Educação, Maria Silvia Bacila, esteve nesta segunda-feira (14) na Câmara de Curitiba para prestar esclarecimentos sobre o novo edital de contratação de creches comunitárias conveniadas com a prefeitura. O convite foi feito pelo presidente do legislativo, Sabino Picolo (DEM), sem um aviso prévio aos parlamentares. Durante a explanação, a secretária defendeu a transparência do edital e suas mudanças, justificando os novos valores e afirmando que sua elaboração foi feita por meio de um estudo técnico.

Os atuais contratos com as 73 creches comunitárias se encerram em dezembro de 2019. O novo edital traz mudanças no valor previsto na tabela de custos por criança; substituição de professores formados por pessoas com Ensino Médio; contratação por dia letivo e não pelo ano todo; e atendimento exclusivo para crianças de 0 a 3 anos e não mais de 0 a 5 anos.

Segundo a prefeitura, o novo sistema amplia o número de vagas de 0 a 3 anos e transfere integralmente o atendimento a partir de 4 anos para a rede municipal. As creches comunitárias, por sua vez, alegam que o valor pago pela prefeitura não cobrirá os custos das novas regras. Outra alegação das instituições é que o valor foi baseado em um estudo que leva em conta a média do custo de uma criança de 0 a 5 anos e não de 0 a 3 (que tem um custo maior).

Apesar da importância do tema e das incertezas de pais e direções das creches conveniadas, não foi oportunizada a palavra que todos parlamentares tirassem suas dúvidas. Foi acordado que somente os líderes do prefeito e oposição questionassem a secretária.

A vereadora Professora Josete (PT), líder da oposição, fez dois questionamentos: sobre essa média que leva em conta o custo de uma criança de 0 a 5 anos; e sobre a possibilidade da redução de atendimentos, uma vez que algumas creches podem fechar as portas. Como resposta, a resumiu-se a defender que os valores são ‘sustentáveis’ e que os pais podem ficar tranquilos quanto ao atendimento das crianças. Ela também defendeu a possibilidade da contratação de PSS na educação infantil.

Para Josete, o debate sobre o novo edital precisa de aprofundamento e de uma participação maior. “É preciso que a secretária debata esse tema com maior tempo, que a palavra seja oportunizada a todos/as parlamentares e com a presença de pais e diretores de instituições. Nosso mandato seguirá acompanhando e cobrando um diálogo maior da gestão”, comenta a vereadora.

Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

3 thoughts on “Na Câmara, secretária é cobrada por falta de diálogo com pais e diretorias de creches comunitárias

  • A prefeitura resolveu cortar o convênio com as escolinhas conveniadas com idade 4 e 5 anos, segundo ele vão alocar estar crianças em escolas municipais, só que apenas em meio período o que prejudicará várias famílias que dependem do período integral para pode trabalhar e dar uma vida digna aos filhos. Estas escolas conveniadas dão um excelente atendimento aos nossos filhos e bem na fase que absorver tudo de bom para iniciar a vida escolar, o período integral elas conseguem passar muito conteúdo para educação moral pra estas crianças. Senhor prefeito reveja e análise nosso pedido, não mude o que está ótimo, faça uma pesquisa com os pais, uma criança que desde o berço esteja na escola em período integral estará bem mais preparado para uma faculdade e poder ter um futuro profissional ótimo e também quem ganhará será a nossa querida cidade com excelentes profissionais. Nós ajude senhor Prefeito Rafael Greca, será que vai zerar os cofres públicos se até agora está dando certo?

  • COMO SERA O ANO LETIVO DE 2020 PARA AS CRIANÇAS DAS CRECHES?
    E PARA AS FAMÍLIAS ??

    O Rafael Greca falou em sua campanha que abriria vagas nas prefeituras para todas as crianças que os pais não tem como pagar uma creche particular.
    A QUE CUSTO!!
    Vai começar pela substituição de professores formados por pessoas com Ensino Médio, ou seja, a sua vizinha de 18/19 anos, que não gosta e nem tem jeito para cuidar de crianças, mas precisa de um dinheiro para sua academia, vai poder dar aula para seu filho na creche, recebendo 1.000,00 ( mil reais) por mês. O que hoje a média é de 2.300,00 ( dois mil e trezentos reais) para os profissionais formados, que estão sempre em cursos e se especializando.
    Ai vem a pergunta para quem não tem criança e acha que o prefeito está fazendo tudo que nem um outro fez ate agora.
    Onde estão as crianças hoje, que não conseguem vagas nas creches das prefeituras?
    Estão em creches conveniadas com a prefeitura, onde os pais pagam a contribuição em média de 350,00 ( trezentos e cinqüenta reais) para seu filho ficar o dia todo, com varias refeições por dia, com professores qualificados e ensino de qualidade, não que a prefeitura hoje não seja de qualidade, mas ano que vem… Não podemos ter certeza nem uma.
    A maioria das creches conveniadas estão em regiões em que a população não tem condições de pagar o valor integral de um aluno que fica o dia todo, que seria em média de 850,00 ( oitocentos e cinqüenta reais) na dara de hoje.
    E como vamos fazer ANO QUE VEM COM AS CRIANÇAS que não conseguirem vagas nas prefeituras e não tem condições de pagar uma creche particular???

    PAIS, precisamos nos unir e levar a realidade para a mídia, para que possamos reverter a situação e que o Prefeito mantenha os convênios com as 75 creches de Curitiba, caso contrário, não sei como ficara 2020 PARA NOSSAS CRIANÇAS.

    Vamos compartilhar e reverter essa situação, pois alem das crianças, quantos profissionais qualificados serão demitidos???

    Por: Juliane Pinheiro

    #creches #prefeituradecuritiba #conveniadas.

  • Esse edital tem que ser derrubado, vão tirar a vaga da minha filha para por outro no lugar, um mais novo, ela talvez ter a vaga em uma escola, porém meio período. Nos pais não precisamos mais trabalhar? Ganharemos algum benefício para nós sustentar? Uma tremenda vergonha.

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