O fim do convênio entre a Prefeitura de Curitiba e a Clínica Helio Rotenberg, especializada em atendimentos psiquiátricos, foi debatido nesta segunda-feira (12) na Câmara de Vereadores. A medida anunciada no início de novembro fechou 143 leitos para pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os atuais pacientes que ocupam essas vagas serão mantidos na instituição até que novas instituições sejam credenciadas pela prefeitura para recebê-los.

A clínica alega que o valor repassado não banca os custos das diárias dos pacientes. O valor total repassado por mês à clínica é de aproximadamente R$ 665 mil – o equivalente à diária de cerca de R$ 155 por paciente. Neste valor estão incluídos R$ 82,40 do SUS, R$ 22,90 da própria prefeitura e mais R$ 49,50 da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Com o intuito de maiores esclarecimentos sobre o fim do convênio, Professora Josete (PT), Noemia Rocha (MDB), Maria Leticia Fagundes (PV) e Dr. Volmir (PSC) apresentaram requerimento convocando a coordenadora de Saúde Mental do da SMS Flavia Adashi (foto acima), para comparecer à Câmara. Após acordo com o líder do governo, o requerimento foi retirado mediante o compromisso de que ela estará no dia 27 na sede do legislativo.

“Não entendo porque as convocações têm tanta resistência por parte dos vereadores. O requerimento não é nada agressivo ou desrespeitoso, mas sim um instrumento que os legisladores têm. Apesar disso, retiramos o requerimento mediante esse compromisso que a coordenadora comparecerá no dia 27”, disse Professora Josete.

Para vereadora, o fim do convênio está diretamente ligado a tentativa recente da prefeitura em transformar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pinheirinho em um centro de atendimento psiquiátrico. “Está claro que as duas situações estão interligadas, por isso, precisamos de maiores esclarecimentos da Secretaria de Saúde sobre a política de atendimento à saúde mental. Por isso requeremos a convocação da coordenadora do setor”, justiticou Josete.

 

Foto: Flavia Adashi, coordenadora de saúde mental de Curitiba
Crédito: Chico Camargo/CMC

 

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