A Professora Josete destacou nesta terça-feira (3), na Câmara de Vereadores, a 18ª Jornada de Agroecologia, realizada de 29 de agosto a 1º de setembro, em Curitiba. Organizado anualmente desde 2002 por dezenas de entidades e movimentos sociais, o evento teve uma programação extensa com oficinas, mesa de debates, seminários, shows, apresentações culturais e a feira de comercialização de produtos da reforma agrária.

Josete, que participou de várias atividades, destacou que a Jornada de Agroecologia se consolidou como o maior evento de agroecologia do país, reunindo centenas de produtores da agricultura familiar. Ela enalteceu a organização do espaço no centro da capital paranaense. “Pela segunda vez a Jornada de Agroecologia foi levada ao coração da cidade, para o centro de Curitiba, onde milhares de trabalhadoras e trabalhadores que circularam diariamente tiveram a oportunidade de conhecerem melhor o projeto de agroecologia”, apontou.

Outro ponto enaltecido pela vereadora foi a parceria entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Nesse momento de ascensão do obscurantismo é fundamental que a universidade esteja unida com os movimentos que fazem a luta pela reforma agrária, aprofundando o debate em diversos ramos da pesquisa científica, especialmente no que diz respeito a utilização de agrotóxicos”, destacou Josete.

Para a parlamentar, a sociedade em geral precisa fortalecer e multiplicar a agroecologia como modelo alternativo às monoculturas do agronegócio. “A Jornada de Agroecologia apresenta anualmente à sociedade geral o seu modelo alternativo de produção e de consumo, um modelo que combate o agrotóxico e que visa proteger o meio ambiente, algo pra nós tão caro nos dias atuais, neste momento de crise ambiental e civilizatória”, completou a vereadora.

Números expressivos

Nesta terça-feira (3) foi divulgado o balanço final dos quatro dias de evento. Ao todo foram comercializados 18 toneladas de alimentos – 15 oriundas de produtores de áreas da reforma agrária e três da agricultura familiar. Foram 100 grupos de produção, entre eles 12 cooperativas, duas associações, 21 assentamentos e sete acampamentos.

Também estiveram presentes 45 empreendimentos coletivos e familiares, associações, editoras de livros, grupos indígenas e da economia solidária. A Culinária da Terra reuniu 14 grupos que trouxeram pratos típicos do estado.

Foram 25 apresentações culturais oferecidas gratuitamente, com envolvimento direto de aproximadamente 140 artistas.
Na Praça Generoso Marques, em frente ao Paço da Liberdade, foram expostos 32 projetos de extensão e pesquisa de universidades públicas.

Para além das milhares de pessoas que circularam nos espaços da Jornada, estavam presentes 24 caravanas vindas do interior do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e do Paraguai. Para realizar esta edição, 69 entidades e movimentos sociais participaram da organização.

Foto: Joka Madruga

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