Os estragos causados pelas fortes chuvas do fim de semana em Curitiba e região metropolitana foram debatidos nesta segunda-feira (5) na Câmara de Vereadores. A sede do legislativo será um ponto de coleta de doações e tudo o que for arrecadado será repassado para a Fundação de Ação Social (FAS).
Segundo boletim da Defesa Civil, os alagamentos afetaram cerca de 1,5 mil pessoas, das quais 200 ficaram desalojadas. Mais de 300 casas foram danificadas. Escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) tiveram o atendimento afetado nesta segunda-feira (5) em consequência das chuvas.
Em pronunciamento na sessão da Câmara, a vereadora Professora Josete (PT) prestou solidariedade as famílias desabrigadas e cobrou uma política de prevenção por parte da prefeitura, especialmente em locais que costumeiramente ocorrem problemas, como o CMEI Barigui I e a Escola Municipal Professor Dario Vellozo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
“Obviamente que algumas situações fogem ao controle, no entanto em alguns equipamentos públicos a situação é crônica. Qualquer chuva o CMEI Barigui I e a Escola Professor Dario Vellozo são atingidos, pois ficam à margem do Rio Barigui. Se perdem móveis, materiais didáticos, enfim, é sempre um grande estrago. É preciso pensar um estudo a médio prazo para relocar essas unidades”, sugeriu Josete.
Desmonte – Lembrando da importância de programas e políticas públicas voltadas à prevenção, a parlamentar citou o desmonte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), apontou o fim de convênios e a redução drástica do orçamento federal para a política de gestão de riscos e desastres.
Ela listou obras feitas em 2011 e 2012 pela administração municipal durante a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) graças ao PAC, entre elas a macrodrenagem da Bacia do Rio Ponta Grossa, intervenção nas bacias Formosa e do Rio Pinheiros, e bacias de contenção do Rio Barigui, Ribeirão Padilha e Rio Iguaçu.
Protestos – Protestos por causa das enchentes aconteceram na região do CIC, Parolin, Novo Mundo e Barigui. Em resposta, o prefeito Rafael Greca disse que adversários estariam fazendo “uso político” do fato, afirmando que “nenhuma obra daria conta da tragédia climática”. A Prefeitura prometeu distribuir 1,3 toneladas de alimentos aos atingidos.
As chuvas começaram no fim da tarde de sábado e atingiram o pico entre às 19h e 20h em vários pontos da cidade. Segundo o Simepar, choveu 68 mm em 12 horas, mais da metade dos 123 mm previstos para todo o mês. O Instituto aponta que as chuvas em Curitiba e região metropolitana não darão trégua até quarta-feira (7).