Dentre professores e professoras, sindicalistas, advogados e advogadas, parlamentares e sociedade civil, debateu-se o que, de fato, trata-se a Reforma da Previdência e suas consequências, se aprovada. Várias falas foram feitas e dúvidas apresentadas na noite desta segunda-feira (27), no Auditório da Câmara Municipal.

Tivemos a contribuição de várias pessoas nas saudações iniciais, a exemplo do ex-deputado federal Angelo Vanhoni, representando a senadora Gleisi Hoffmann, os deputados estaduais Tadeu Veneri e Professor Lemos, além de Márcio Kieller, Secretário-Geral da CUT-PR, e Sandro Silva, Supervisor do DIEESE-PR.

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A professora Marlei Fernandes Carvalho, Vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), iniciou as falas afirmando que ainda é tempo de lutar, visto que “não é todo mundo que sabe sobre a Reforma da Previdência. Precisamos propiciar o debate em todos os espaços, conscientizar as pessoas. Cada movimento é importante, cada mobilização é crucial”.

Marlei ressaltou que os movimentos já realizados, como o ato no dia 15 de março, são muito importantes, mas ainda precisam ganhar mais fôlego. Explicou que estamos alcançando a população, mas que temos de ampliar o alcance para que todos entendam que estamos lidando com o fim da aposentadoria, com a retomada do desemprego.

Na sequência, Ludimar Rafanhim, advogado especialista em Previdência Pública, fez uma apresentação detalhada sobre as regras e as consequências da “Contrarreforma da Previdência” – a PEC 287/2016. Demonstrou como é hoje nosso panorama e como ficará. Corrobora conosco quando explicita que estamos falando de um desmonte, não de uma reforma. “A PEC atinge a todos – trabalhadores urbanos e rurais, servidores vinculados a regimes próprios de previdência e ao regime geral de previdência. Pode-se dizer que os mais prejudicados serão os trabalhadores da roça e mulheres”.

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Ao discorrer sobre as alterações do Executivo já previstas para o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), Ludimar relata que, em pesquisa aos arquivos da Câmara Municipal, encontrou documento da comissão especial datada de 1998 e relatada pelo então vereador Tadeu Veneri, que aponta a crise que o IPMC amargava, justamente pela falta de repasse das gestões de Cássio Taniguchi e Rafael Greca. Isto é, sabemos o que está por vir, até porque “o quadro ficou ruim lá atrás, não é de agora, não”, como frisa o advogado.

Tivemos participações de professores, líderes de sindicatos, pessoas preocupadas com o futuro dessa e das próximas gerações. Nós vamos continuar debatendo, apontando o desmonte e seguiremos lutando para derrubar essa reforma! A aposentadoria é direito dos cidadãos e cidadãs e não permitiremos que nos seja usurpado aquilo que conquistamos com trabalho e dignidade.

Não à Reforma da Previdência! Nenhum Direito a Menos!

Confira o vídeo/ áudio em goo.gl/xJ1BxP e mais fotos do evento no Flickr da Câmara Municipal de Curitiba.

Foto destaque e de Ludimar Rafanhim: Chico Camargo/CMC

 

 

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