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Servidores estiveram hoje na Câmara para apresentar campanha de lutas. Foto: Bruno Zermiani

 

Não serão os servidores que pagarão pela crise. Esta foi a frase usada pela coordenadora geral do Sismuc, Irene Rodrigues, para sintetizar a campanha de lutas do sindicato neste ano, em um discurso feito na tribuna livre da Câmara Municipal de Curitiba na sessão de hoje (16). O sindicato mostra descontentamento com a proposta de reajuste salarial feita pela Prefeitura. A gestão municipal propôs um reajuste de 10.36%, baseando-se no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, e não no Índice Nacional de Preços ao Consumidor -INPC, que é comumente usado e neste ano aponta uma inflação de 12.68%. Além disso, a proposta é que o reajuste seja parcelado em duas vezes.

“A proposta da Prefeitura é indecente. Está abaixo da inflação e ainda por cima parcelada em duas vezes. Temos um compromisso com o serviço público de qualidade e precisamos que a gestão nos valorize”, criticou Irene. Em resposta a um questionamento da vereadora Professora Josete, a servidora afirmou que acredita que as negociações ainda não estão encerradas – pelo menos em relação ao pagamento em parcela única.

“Nossa proposta é de um reajuste de 15%. Já pedimos muito mais do que isso, mas entendemos o momento complicado da economia”, destacou. A necessidade de valorização dos servidores mesmo com o momento conturbado pelo qual passa o país também foi apontada por Professora Josete. “Apesar da crise, os servidores e servidoras precisam ter tranquilidade para pagar suas contas”, defendeu.

Outros questionamentos

A diretora do Sismuc fez ainda uma série de questionamentos a decisões tomadas pela gestão municipal. Entre eles, a falta de profissionais, o excesso de trabalho, o não cumprimento da hora-atividade para profissionais da educação, o fechamento das turmas de berçário e o fato dos planos de carreiras aprovados nos últimos anos não chegarem a todos os servidores.

“Qual é a mensagem que o senhor prefeito quer passar aos cidadãos curitibanos? De que é um gestor ausente, que fecha vagas em berçários, que responsabiliza a enfermagem pela demora no atendimento nas unidades de saúde, que tem medo de enfrentar a máfia dos transportes, que não consegue resolver o problema da coleta de lixo e que, ainda por cima, não sabe nem valorizar os próprios servidores públicos municipais? Nós certamente esperamos que não”, sentenciou.

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