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Durante a abertura da sessão plenária de hoje (04.05) na Câmara Municipal, a vereadora Professora Josete demonstrou solidariedade à greve dos professores e cobrou apoio dos demais vereadores às ações de punição aos responsáveis pelo massacre do dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba, que deixou mais de 200 professores feridos na última quarta-feira (29).

“Tenho a convicção de que as diversas entidades que acompanharam o 29 de abril não se calarão e farão com que Beto Richa, Ademar Traiano e Fernando Francischini  paguem pela agressão aos professores, servidores públicos e funcionários das escolas que estavam presente naquela tarde”, afirma Josete.

A vereadora, que esteve presente na manifestação contra a votação do PL da Previdência e que presenciou o cenário de guerra  em torno da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), já havia se pronunciado na Câmara na semana passada e cobrado atenção dos colegas ao caso.

Ao descrever os momentos de tensão, a vereadora menciona um cenas assustadoras, com a presença de atiradores em cima de prédios públicos e a ação de helicópteros que jogavam bombas de gás, cercando o prédio da Alep por várias quadras.

“Só tenho a pensar que há algo de muito grave nas finanças do estado do Paraná para que, indefensavelmente, um governador, democraticamente eleito, tenha chegado a um grau de tamanha violência, com a articulação de uma praça de guerra”, diz.

Apuração dos casos

Em virtude da urgência por uma resposta de justiça e repúdio à violência da última quarta-feira (29), foi criado o “Comitê de Direitos Humanos 29 de Abril”, para analisar os casos de violação de direitos humanos ocorridos durante a manifestação. A decisão foi resultado de uma reunião organizada na sede da APP Sindicato com representantes de entidades dos movimentos sociais de direitos humanos, com o deputado Paulo Pimenta, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, os deputados(as) federais Cristiane Yared e Aliel Machado, além de parlamentares estaduais Tadeu Veneri e Professor Lemos, a ouvidora da Defensoria Pública Santa de Souza, o Grupo de Trabalho de Direitos Humanos da DPPR e representantes da CUT e direção estadual da APP.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também está recolhendo informações, documentos, laudos e depoimentos de vítimas e testemunhas do “29 de abril”.  As investigações são conduzidas pelos promotores de justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima e Maurício Cirino dos Santos, sob a coordenação do procurador Eliezer Gomes da Silva.

O e-mail institucional destinado a receber registros (fotos e vídeos) para ajudar nas investigações é o seguinte: denuncias29deabril@mppr.mp.br.

A indicação é que as vítimas procurem o CAOP de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (Rua Marechal Deodoro, nº 1028) e relatem as agressões sofridas para a instauração de Inquérito Policial para apurar as violações de direitos humanos por parte do Estado do Paraná

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