O Movimento Popular por Moradia realizou hoje (14) pela manhã uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Curitiba para reiterar e pedir atenção às pautas do movimento. Também participaram da manifestação as associações de moradores de diversas ocupações na cidade, entre elas representantes da ocupação Nova Primavera, na qual a vereadora Professora Josete esteve presente no último sábado (10), ponto central de uma das pautas reivindicadas.
O movimento cobra que a construção do condomínio que irá abrigar as famílias que moram na ocupação seja feita o mais rápido possível. As obras estavam previstas para serem iniciadas neste mês de maio, mas segundo documento entregue aos vereadores, “a última reunião técnica ocorreu em 19 de fevereiro, o que tem prejudicado o calendário de negociações entre as várias partes envolvidas”.
A construção do condomínio deve ser realizada através do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida – Entidades, uma versão do Minha Casa, Minha Vida destinada a tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos.
“Estamos abertos para ouvir as reivindicações e lutar com vocês pelo direito essencial de uma moradia digna para todos e todas. É muito importante a presença de vocês nas audiências públicas que estão sendo realizadas na Câmara sobre o novo Plano Diretor de Curitiba. É neste espaço que as cobranças devem ser feitas para garantir que haja atenção às necessidades de pessoas de baixa renda, e não só dos grandes empresários”, declarou a Professora Josete aos manifestantes.
Outras pautas do Movimento Popular por Moradia incluem a criação de uma ampla comissão para tratar da regularização fundiária em Curitiba; o fim dos despejos sem que seja feito o devido encaminhamento para as famílias; a regularização das ocupações; e a aceleração do trâmite do projeto de lei que regulamenta o Aluguel Social em Curitiba – dinheiro pago a famílias que perderam suas moradias por motivos de enchentes ou outras situações de risco ambiental, calamidade pública, despejo ou acidentes de grandes proporções. O projeto foi apresentado em maio de 2013, mas ainda não teve seu trâmite concluído. De acordo com o site da Câmara, o projeto aguarda manifestação do poder executivo.