Representantes do Grupo Dignidade ocuparam a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba na manhã desta quarta-feira, 14. A participação ocorreu por iniciativa da vereadora professora Josete (PT) para promover as atividades que desembocam no Dia Internacional de Combate à Homofobia. Esta data é reconhecida pela Lei Municipal 12.217, de 10 de maio de 2007 e também por leis de abrangência estadual e nacional.
A presidenta do Grupo Dignidade Rafaelly Wiest criticou as medidas do poder público de remover travestis da região da Praça Afonso Botelho por causa da copa. “Nós queremos que seja respeitado do direito de ir e vir e o direito que cada um tem ao seu corpo, desde que não infrinjam nenhuma lei – prostituição não é crime”, ressalta Rafaelly.
Ela defende que ao invés de medidas repressivas, são necessárias políticas públicas que assegure os direitos de travestis e transexuais, “para que sejam acolhidos na escola, no posto de saúde e no mercado de trabalho e não caiam na prostituição por necessidade de sobrevivência”.
Já o diretor executivo do Grupo Dignidade salientou a boa receptividade que tiveram na Câmara Municipal. “Desta vez não houve nenhuma situação de discriminação. Ninguém se levantou e saiu, nada disto. Todos dialogaram de maneira respeitosa. Foi muito bom”, afirmou Tony Reis. Ele lembra que “antigamente a gente tinha que ficar na porta, gritando para ser ouvido, e tudo que queria era diálogo, convivência e respeito. Exigimos respeito”, ressaltou.
A programação para promover o Dia de Combate à Homofobia começa neste dia 15. Às 14 horas será feita uma conferência com o pessoal médico e de enfermagem do Hospital de Clínicas sobre as particularidades no atendimento ao público LGBT, especialmente travestis e transexuais.
No dia 16, 9 horas, será feita a vigília da Aids, na Boca Maldita. Ao meio-dia ocorre um ato público no mesmo local para denunciar a negligência médica na morte da transexual Marcela. No dia 17 haverá um ato no Largo da Ordem com a participação de diversas entidades da sociedade civil.
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