Foi aprovado nesta terça-feira, 13/12, em segunda votação, a Lei Orçamentária Anual – LOA – de 2023. Embora o orçamento para o ano que vem seja 12% maior que o atual, setores vitais para a população como Cultura, Habitação e Saneamento vão receber um montante de investimentos ainda menor.
Na Cultura, por exemplo, embora em números absolutos o Setor vá receber em 2023 cerca de três milhões de reais a mais que esse ano, na proporção notamos que o Setor será ainda mais desprivilegiado: de 0,68% do orçamento de 2022 ele passará a representar 0,63% em 2023.
Para a vereadora Professora Josete (PT) esse dado demonstra a forma equivocada com que a Prefeitura encara o Setor: “a Cultura não pode ser encarada como um gasto, mas sim como um investimento. Ela envolve toda uma cadeia de profissionais e serviços que ajudam a aquecer a economia”, frisou a vereadora ao lamentar a limitação de recursos.
Outra área de suma importância para a população, a Habitação levou uma rasteira ainda maior: investimento de R$10 milhões a menos que no ano anterior. Enquanto o orçamento da Cidade cresceu 12%, o investimento em moradia caiu cerca de 30%: representava 0,31% em 2022 e vai representar 0,20% do orçamento de 2023.
Essa queda drástica no orçamento certamente trará ainda mais problemas para a Prefeitura. “Existem hoje 400 ocupações irregulares em Curitiba onde moram cerca de 120 mil famílias. O orçamento do ano que vem mostra que esse problema tende a se intensificar,” criticou a parlamentar do Partido dos Trabalhadores.
Uma terceira área estratégica que deve sofrer com a falta de recursos e que impacta diretamente a população mais carente é o Saneamento Básico. Enquanto, esse ano, o investimento no setor era de 3,05% do orçamento, para o ano que vem o montante representará 2,91%.
Foto da Capa: Marcio MIttelbach/ PT Curitiba
Fotos da galeria: Rodrigo Fonseca/CMC