A banalização dos requerimentos de Regime de Urgência, pedidos feitos pela prefeitura ou vereadores da base de Rafael Greca para acelerar votações na Câmara de Curitiba teve mais um capítulo nesta quarta-feira (1º), com a aprovação da aceleração do trâmite do projeto que prorroga o congelamento da carreira de servidores/as municipais para até o fim de 2023, aumentando para seis anos o período sem avanços à categoria.
A aprovação de mais um pedido de regime de urgência aconteceu uma semana depois de o projeto de lei ser enviado ao Legislativo pela prefeitura. Solicitado por diversos vereadores da base aliada do governo, o requerimento recebeu 19 votos favoráveis e 10 contrários.
“Mais uma vez, no apagar das luzes, um regime de urgência que mexe com a vida de milhares de pessoas é apresentado na Câmara. Já temos a Reforma da Previdência, que segundo a base, não viria em “urgência”, mas tramita de forma acelarada na Casa. Agora a prorrogação do congelamento da carreira. O sacrificado é sempre o servidor/a?”, questionou Professora Josete ao defender a derrubada do requerimento.
A vereadora recordou das promessas do prefeito sobre a carreira do funcionalismo municipal. “O prefeito tem um hábito de anunciar algo e voltar atrás, principalmente no que diz respeito aos servidores. Ouvimos do secretário do governo que viria para Câmara uma proposta de alteração do plano de carreira, fruto de uma comissão de estudos das carreiras”, lembrou.
Josete classificou as propostas apresentadas pela gestão Rafael Greca como desumanas. “Já temos uma reforma que altera a idade da aposentadoria e taxa nossos aposentados/as e agora essa prorrogação de congelamento. Serão seis anos sem que os servidores possam avançar em suas carreiras. Essa gestão promove o sucateamento do serviço público e a desvalorização dos servidores. Não é possível que essa Casa de Leis repita os erros do passado”, afirmou a vereadora.
Ao fim dos debates, o requerimento de urgência foi aprovado e a proposta deve ir à votação na próxima semana na Câmara Municipal. Além da Professora Josete, foram contra o regime de urgência os vereadores/as Renato Freitas, Carol Dartora, Maria Leticia, Marcos Vieira, Dalton Borba, Flavia Francischini, Noemia Rocha, Professor Euler e Salles do Fazendinha.
Foto: Rodrigo Fonseca/CMC