A Câmara Municipal de Curitiba debaterá na próxima segunda-feira (20) uma Moção em protesto a decisão do prefeito Rafael Greca (DEM) em relaxar das medidas de isolamento social a partir desta sexta-feira (18). O anúncio da ‘flexibilização’ de medidas protetivas, entre elas a abertura do comércio, foi feito em live da internet sobre o balanço dos casos do novo coronavírus no município.

A autora da moção, vereadora Professora Josete (PT), destaca que a iniciativa do prefeito de Curitiba vai na contramão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, que apontam o confinamento como a medida mais eficaz para conter a propagação do Covid-19.

Ao classificar a medida como temerária, a parlamentar reforça o pedido para que a Prefeitura mantenha o isolamento social, restringindo o funcionamento do comércio “somente a atividades justificadas como essenciais”. Ela aponta que o isolamento até o momento é a única medida eficaz para evitar um colapso do sistema de saúde municipal.

Em suas falas, Rafael Greca tem proposta um “distanciamento social com responsabilidade”, como se a simples obrigatoriedade do uso de máscaras fosse o suficiente. Além disso, o prefeito afirma que “nunca determinou o fechamento de comércios”, colocando novamente a culpa em opositores. “Não há nenhum parecer ou apresentação de uma justificativa técnica e concreta para o relaxamento das normas. Flexibilizar neste momento vai na contramão do que está sendo feito em várias capitais do país”, afirma Josete.

Vale destacar também que logo após o prefeito anunciar a flexibilização das normas de isolamento social e a reabertura do comércio não essencial, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) ingressou com um pedido de liminar, em ação civil pública, para garantir as determinações sanitárias estadual, federal e internacional (OMS). No texto, o MP reforça a necessidade de fechamento das atividades consideradas não essenciais para conter o avanço da Covid-19.