A vereadora Professora Josete (PT) reuniu-se nesta quinta-feira (22) com a coordenadora-geral da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Praddo, e com a coordenadora de políticas de mulheres da prefeitura, Terezinha Beraldo, para tratar de questões relativas ao espaço de atendimento e acolhimento de mulheres vítimas de violência.
Na reunião foram discutidas a estrutura, convênios, projetos e demandas do espaço. A vereadora também tomou ciência da aplicação de uma emenda de sua autoria, no valor de R$ 100 mil, aprovada na Câmara Municipal, destinada à Casa da Mulher Brasileira. De acordo com Terezinha, o recurso está sendo aplicado em materiais gráficos.
Inaugurada em 2016, a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba é uma das quatro em funcionamento no país e a única nas regiões Sul e Sudoeste do Brasil. As outras três unidades estão em funcionamento em Campo Grande (MS), Brasília (DF) e São Luís (MA). Elas foram criadas no governo Dilma Rousseff com intuito de garantir as condições para que as mulheres enfrentem a violência sofrida, resgatando sua autonomia social e econômica.
A estrutura é mantida pelo governo federal, mas os funcionários e administração são de responsabilidade da Prefeitura de Curitiba. Desde a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Curitiba já foram realizados mais de 26 mil atendimentos.
Como funciona o atendimento
As mulheres vítimas de violência são acolhidas e passam por uma triagem e escuta qualificada feita por psicólogas e assistentes sociais, com objetivo de minimizar o impacto da violência sofrida e resgatar a autoestima, autonomia e cidadania. Elas são direcionadas para outros serviços da rede de atendimento, como áreas da saúde, educação, delegacia e a confecção de documentos com acompanhamento e transporte.
Aquelas que correm risco iminente de morte e que precisam de abrigo ficam no alojamento de passagem da CMB por até 72 horas. São acomodas em quartos e recebem toda alimentação e itens básicos para estadia no local – que conta com uma brinquedoteca e atividades para as crianças. Durante a permanência, elas participam de atividades.
O Juizado, Ministério Público e Defensoria Pública mantêm equipes dentro da Casa da Mulher Brasileira. Assim como a PM que faz operações de busca dos pertences das vítimas. A Guarda Municipal garante a segurança do espaço e a Patrulha Maria da Penha trabalha para que as medidas protetivas sejam respeitadas por meio de visitas periódicas às residências. Caso haja descumprimento, a prisão do agressor é efetuada.
A porta de saída para as mulheres é a participação em cursos profissionalizantes, cadastramento e entrevistas de emprego.