O aumento significativo dos casos de furtos e vandalismo ocorridos em 2018 estiveram novamente em debate nesta terça-feira (28) na Câmara de Curitiba. Em pronunciamento na tribuna, a Professora Josete (PT) pediu a revisão do contrato entre a Prefeitura e a empresa G5 Segurança, responsável pelo monitoramento de mais de 500 equipamentos públicos.
Na semana passada, a vereadora já havia trazido ao plenário a denúncia dos furtos na Escola Municipal Dona Pompília, no bairro Tatuquara, que teve as portas e janelas de alumínio furtadas. “Não é possível acontecer numa mesma escola cinco ou seis furtos no mesmo ano. Qual a efetividade do serviço que está sendo prestado por essa empresa?”, questionou.
De acordo com a prefeitura, até o dia 27 de julho, a cidade tinha registrado no ano 346 casos de furtos em escolas ou creches e outros 187 de vandalismo. “O prefeito Rafael Greca precisa tomar uma medida urgente em relação a essa empresa. É preciso rever esse contrato e garantir a eficiência da segurança de nosso patrimônio público”, afirmou Josete.
Por meio de um requerimento, a Câmara de Curitiba convidou gestores da Secretaria da Educação, da Secretaria de Defesa Social e da empresa G5 Segurança para prestar esclarecimentos, na próxima quarta-feira (5/9), sobre os vários furtos ocorridos em unidades escolares.
O contrato entre a administração e a empresa foi assinado em 2013, para o monitoramento de 490 equipamentos gerenciados pela educação municipal. Posteriormente a G5 também ficou responsável pelo monitoramento dos armazéns da família. A princípio o custo do contrato seria de pouco mais de R$ 7 milhões, porém entre aditivos e prorrogações já foram pagos à empresa mais de R$ 20 milhões. O contrato é vigente até fevereiro de 2019.
Unidades de saúde
Além dos registros nas unidades escolares, Professora Josete citou os furtos que também estão acontecendo em unidades básicas de saúde. Apesar de não ser responsabilidade da G5 Segurança, Josete cobrou que o poder público também tome iniciativas em relação a essas situações. “Temos tido furtos de compressores em unidades. Temos pacientes deixando de ter seus atendimentos até que esses materiais sejam repostos. Que tipo de monitoramento existem nessas unidades?”, indagou.
Foto: Rodrigo Fonseca/CMC