A gestão de Rafael Greca (PMN) foi avaliada nesta segunda-feira (2) na sessão da Câmara de Vereadores de Curitiba. Em resposta ao discurso do líder do prefeito no Legislativo que, em razão dos 325 anos da cidade comemorados na última quinta-feira (29), quis apresentar um cenário “que tudo está maravilhoso na cidade e que a capital é um canteiro de obras”, a oposição expôs retrocessos na educação, saúde, mobilidade urbana, política às mulheres, assistência social e transporte urbano.
Para vereadora Professora Josete (PT), os dois primeiros anos de Rafael Greca à frente da prefeitura estão sendo marcados pelo desmonte de programas e políticas públicas e pelo autoritarismo. Ela falou sobre a falta de diálogo da administração nos conselhos municipais, citando a aprovação de proposições sugeridas pela prefeitura sem um debate prévio com a população e conselheiros, como a aprovação da proposta que permite que qualquer pessoa sem formação superior e específica atenda crianças nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs); ou a ausência de debate com conselheiros de saúde com a possibilidade de esvaziamento do programa Estratégia Saúde da Família (ESF).
Um ano após o “pacotaço de maldades” que retirou direitos do funcionalismo público, a parlamentar criticou a escolha política do prefeito que preferiu fazer caixa na prefeitura com recursos dos servidores, priorizando os “grandes contratos” com o empresariado e abrindo as portas para terceirizações e contratações de Organizações Sociais (OS).
A questão da mobilidade urbana e do transporte público foi citada pela parlamentar. Ela lembrou que Curitiba tem uma das maiores tarifas do país e que não há um controle social em relação ao transporte. Josete recordou que Rafael Greca abriu mão de ações na Justiça, aumentou a passagem para 4,25 reais e extinguiu a “taxa domingueira”.
O desmonte de políticas voltadas à população moradora de rua e a política voltadas às mulheres também foram destacados no discurso da Professora Josete. Ela listou o fim da Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher, problemas na Casa da Mulher Brasileira e o esvaziamento do programa Patrulha Maria da Penha.
Diante de todas as situações apresentadas em plenário, a petista finalizou seu discurso afirmando que cidade apresentada pela base do prefeito na Câmara ou nas propagandas oficiais da gestão não condiz com a realidade. “Essa avaliação que tudo vai bem na cidade não condiz com a realidade. Grande parte da população não compactua com essa avaliação do líder do prefeito”, concluiu.