Desde que resolveram manifestar-se contra as medidas abusivas adotadas pelo governo no tocante à educação, os professores sofrem, novamente, com a ausência de diálogo e o excesso de intransigência de Beto Richa. Obrigados a desocupar a sede da Secretaria Estadual de Educação (SEED) na noite de ontem (26), educadores seguem indignados com a nova resolução que reduz a hora-atividade e proíbe a contratação de aulas extraordinárias de professores que estiveram afastados por 30 dias, ou mais, no ano passado.
A conquista da hora-atividade vem de uma luta de décadas, juntamente com a Lei do Piso Nacional para os Professores da Educação Básica, com a garantia de 1/3 da jornada de trabalho para atividades extraclasse. Essas medidas são fundamentais para garantir a qualidade de ensino e o preparo adequado da professora e do professor, que podem preparar suas aulas com afinco, pesquisar, atualizar-se. Da mesma forma, essa apreensão maior de conteúdos possibilita que os alunos e alunas possam refletir, intervir na sociedade, tornarem-se cidadãos e cidadãs.
Esse retrocesso absurdo é bem colocado nas palavras de Marlei Fernandes, Secretária de Finanças da APP-Sindicato e Vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE): “não há diálogo, não há acordo, não há negociação. O Governador Beto Richa segue agindo com truculência, impondo essa Resolução da Maldade. Estamos lutando por aquilo que está na lei, pelo que é justo e essa luta vai continuar. Vamos reabrir as negociações e prosseguir com o esclarecimento da sociedade, que entende nossas ações e nos apoia, cada vez mais”.
Com essa resolução, com esse tipo de atitude, perdem não só professores e alunos, mas a escola pública, o ensino de qualidade. Mais uma vez, estamos sujeitos aos desmandos de um Governador que persegue a categoria, que não respeita os educadores do Paraná, que mente. Não vamos deixar de tentar e continuaremos apoiando as professoras e professores. Estamos com a APP, lutaremos sempre a favor da educação, de seus valorosos profissionais e da formação de cidadãs e cidadãos.
Imagem: Divulgação APP-Sindicato