O deputado estadual Tadeu Veneri teve sua candidatura a prefeito de Curitiba homologada pelo Partido dos Trabalhadores no último sábado (30). A indicação ocorreu durante o encontro municipal do PT, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), no São Francisco. A chapa de vereadores do partido também foi homologada com 23 nomes, entre eles o da vereadora Professora Josete, a única vereadora do PT com mandato na Câmara Municipal de Curitiba. A escolha do vice será feita nos próximos dias.
Josete destacou que a candidatura própria permitirá que o PT mostre para os eleitores de Curitiba as coisas boas que o partido fez para o país na última década. “É um momento positivo para nós especialmente pela importância de ter o companheiro Tadeu Veneri a frente deste desafio. O Tadeu vem do movimento sindical, do movimento social e traduz a história do Partido dos Trabalhadores e tem todas as condições de fazer o debate da cidade que queremos”, ressaltou.
Em seu discurso, Tadeu Veneri observou que o partido deve encarar de frente os desafios que terá pela frente. “A covardia e a omissão não são a marca deste partido. Quem está aqui não fica embaixo da marquise esperando a chuva passar. Cometemos muitos erros, mas estamos sendo punidos pelos nossos acertos. Por isso não devemos abaixar a cabeça para ninguém e encarar com coragem esta campanha”. Ele informou que a escolha do candidato à vice-prefeitura resultará de uma decisão consensual. “E com 99% de certeza sairá de dentro do partido”, afirmou.
O evento foi aberto pela apresentação das diretrizes do programa de governo. Em seguida, o professor Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), fez uma análise de conjuntura e afirmou que o momento eleitoral, apesar de ser complicado, apresenta possibilidades positivas. “Nenhum dos candidatos vai querer ter sua imagem relacionada ao golpista Michel Temer. Por outro lado, todas as pesquisas prévias para as eleições de 2018 mostram o ex-presidente Lula como candidato mais bem colocado”, relacionou.
A senadora Gleisi Hoffman apontou a luta que será necessária na campanha para reafirmar os direitos conquistados por trabalhadores e trabalhadoras nos últimos anos em frente ao golpe que está em curso no país. “Esta é uma eleição de resistência. Além da desestabilização democrática, há uma ofensiva direta contra os direitos conquistados nas últimas décadas”, advertiu a senadora ao defender a necessidade de uma postura de resistência por parte do PT. “Querem sepultar todas as conquistas obtidas pelos governos Lula e Dilma”.
Temer tira distribuição de renda de metas
As candidaturas homologadas no sábado serão encaminhadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 5 de agosto, logo depois da convenção que as ratificará.