A Prefeitura de Curitiba aderiu à campanha nacional “Quem ama, abraça – fazendo escola”, idealizada pela Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH). Inicialmente, nove escolas irão participar. A campanha tem como objetivo discutir o tema da violência doméstica nas escolas, a partir do ensino fundamental.
O lançamento contou com a presença da Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
As nove escolas da rede municipal de ensino: as escolas municipais Jornalista Arnaldo Alves da Cruz, Cecília Westephalen, Professor Dario Vellozo, Anísio Teixeira, Vila Torres Matriz, Itacelina Bittencourt, Jardim Santos Andrade, Leonel de Moura Brizola e Maria Marli Piovesan. Além disso, a campanha integrará o programa Comunidade Escola que mantém as escolas abertas para a comunidade, nos finais de semana.
Aparecida Gonçalves afirma que 56% das mulheres que fazem denúncia pelo disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) informam que os filhos presenciam a violência dentro de casa e que 23% desses sofrem violência diretamente e também de maneira reflexa. “Assim, quando decidimos falar para as crianças, por meio da educação, sabemos que estamos falando de um assunto que elas, infelizmente, já conhecem. Não podemos fingir que o problema não existe”, disse.
A idealizadora do programa, Schuma Schumaher, da Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH), disse queo Brasil, nos últimos 10 anos, tem avançado bastante no desenvolvimento de políticas públicas para as mulheres e que o tema da violência doméstica tem estado constantemente na pauta de discussões de diversos setores da sociedade. Segundo ela, é preciso debater o assunto em todos os segmentos sociais e a escola é sempre o melhor começo. “Se ninguém nasce violento, se a violência é uma coisa aprendida, por que não aprender a paz?”, pergunta. “Precisamos desconstruir o que está naturalizado na sociedade que é a cultura da desigualdade. Devemos aprender que a diferença é louvável, mas a desigualdade é inaceitável”, completa.
Fonte: Prefeitura de Curitiba