Representantes da Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba estiveram na Câmara Municipal, nesta quarta-feira (17), para reapresentar sua pauta de reivindicações por melhorias no transporte coletivo. As lideranças do movimento cobraram do presidente Paulo Salamuni (PV) ações mais efetivas para a redução e o congelamento da tarifa em R$ 2,60, a revogação dos contratos das empresas e a seriedade dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo.
“Estamos fazendo o dever de casa. A CPI tem que apresentar resultados concretos. É preciso ter elementos que comprovem que a licitação do transporte coletivo precisa ser revogada. Precisamos descobrir uma forma de subsidiar o sistema. A investigação vai nos direcionar o melhor caminho. Vai apontar que tipo de lucro têm os empresários e de onde vem esse lucro”, explicou Salamuni.
No novo documento entregue ao presidente, a Frente reiterou o pedido para que “a Câmara de Curitiba acate a vontade do povo nas ruas, enquanto mantenedor do Estado”. “O hiperfaturamento da tarifa não é uma suspeita, é um fato. Acreditamos que o transporte público deve ser colocado sob outra perspectiva, deve ser de total responsabilidade do Estado”, afirmou Luiz Felipe de Castro, que falou em nome dos membros do movimento.
Paulo Salamuni reforçou o compromisso da CPI do Transporte Coletivo com a população e disse que todas as reuniões são públicas. “Temos um limite de pessoas que podem subir no plenário, devido ao espaço e por questões de segurança, mas qualquer pessoa pode acompanhar os trabalhos da CPI. Vou indicar ao presidente Jorge Bernardi que a Frente de Luta pelo Transporte seja ouvida pela comissão”, completou.
A primeira carta de reivindicações assinada pelo movimento foi entregue ao Legislativo no dia 08 de julho. No novo documento, já protocolado na Casa, a pauta inclui, ainda, o passe livre estudantil subsidiado pelo Estado, a viabilização da tarifa zero e que o sistema do transporte coletivo seja gerido por uma empresa pública.