A Prefeitura anunciou um novo aumento na passagem de ônibus. A partir desta quarta-feira (1), a tarifa passará de R$ 5,50 para R$ 6, estabelecendo-se como a mais alta entre todas as capitais do Brasil, superando inclusive o Distrito Federal.

Consequentemente, a população mais pobre também é a mais afetada. Quem pode desembolsar 12 reais por dia para ir e vir? É essencial que Curitiba, uma cidade que já se destacou como modelo de transporte público e não possuí alternativa aos ônibus, não lidere esse ranking vexatório.

A justificativa do governo Greca

O último reajuste na tarifa ocorreu em março do ano passado, quando houve um aumento de 22%, elevando o valor de R$ 4,50 para R$ 5,50. Durante a pandemia, a Prefeitura repassou mais de R$ 500 milhões suplementares às empresas de ônibus, alegando a necessidade de “salvar” as contas dos empresários devido à redução no número de passageiros.

De acordo com a Prefeitura, o reajuste de 9% é justificado pelos crescentes custos do transporte, incluindo gastos com combustível e manutenção. No entanto, é importante ressaltar que o aumento salarial dos servidores municipais foi de apenas 7%, gerando questionamentos sobre a disparidade nos percentuais.

E agora?

Esse novo aumento enfatiza a importância de uma fiscalização mais rigorosa sobre os contratos do transporte coletivo. O contrato atual tem vigência até 2025, e é crucial que o próximo estabeleça mecanismos que proporcionem maior transparência no cálculo dos preços.

Por hora, a falta de clareza em relação ao custo por quilômetro rodado e a percepção de possíveis relações questionáveis entre a Prefeitura e as empresas de transporte público são preocupações que devem ser abordadas.

No próximo ano, a população terá a oportunidade de expressar sua opinião nas urnas, escolhendo os rumos do transporte público e buscando uma solução. Seguiremos lutando pela causa fundamental da tarifa zero.

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