Em sessão remota nesta quarta-feira (12), a Câmara de Curitiba aprovou requerimento apresentado por vereadores da base aliada do prefeito Rafael Greca (DEM) que solicita urgência na votação da proposta que prevê a prorrogação, até o fim deste ano, do repasse milionário aos empresários do transporte público da capital sob justificativa de eventuais prejuízos ao setor em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

De março a agosto (período de vigor do chamado “Regime emergencial de custeio do transporte público”), a prefeitura já repassou cerca de R$ 60 milhões a essas empresas. Caso a prorrogação seja aprovada, o gasto total dos cofres públicos poderá chegar a R$ 180 milhões até o final do ano.

Contrária ao regime de urgência, Professora Josete (PT) cobrou da prefeitura e da URBS maiores informações sobre esse eventual prejuízo do setor. “Assim como aconteceu em março, quando da aprovação deste repasse, novamente estamos votando um projeto sem dados, sem transparência. Não há qualquer justificativa na proposta que sustente a prorrogação deste repasse”, comentou a vereadora.

Josete cobrou transparência na divulgação do número de usuários que estão usando diariamente o sistema neste período de pandemia. “Uma das alegações do Executivo é que a prorrogação se faz necessária para manter os veículos funcionando com capacidade reduzida, porém não é isso que temos visto. Os ônibus continuam cheios”, acrescentou a parlamentar.
Ao fim dos debates, o regime de urgência para aceleração da votação recebeu 18 votos favoráveis e 11 contrários. Com a aprovação do requerimento, a prorrogação deve ser votada na próxima semana em sessão remota da CMC.

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