Curitiba será palco de mais uma manifestação em favor da educação paranaense. O ato que acontece na terça-feira (12) tem como objetivo realizar uma aula pública para denunciar os desvios de recursos que seriam investidos na construção de escolas públicas no Paraná, investigados pela Operação Quadro Negro.

A ação em Curitiba será dividida em duas etapas. A primeira delas acontece às 11h no Colégio Estadual Amâncio Moro. A escola é a única, das investigadas na Operação Quadro Negro, que foi 100% concluída. O governo pagou R$ 2,8 milhões para a obra, mas o Ministério Público apontou que houve superfaturamento na construção, que possui bancos quebrados, vazamentos e materiais de baixa qualidade.

O segundo ato está marcado para 17h, na Boca Maldita. A manifestação é organizada pelo Partido dos Trabalhadores do Paraná (PT-PR) e contará com o apoio e participação de movimentos sociais e da comunidade em geral.

Segundo o presidente do PT-PR, Dr. Rosinha, o ato também tem como objetivo cobrar do Ministério Público agilidade no processo. “Todas as autoridades envolvidas precisam ser investigadas e punidas. O Paraná tem a educação pública totalmente abandonada. Por isso nós estamos fazendo o ato, para que se aprofunde rapidamente as investigações”, afirma. “O ato também é um protesto contra Beto Richa, pois precisamos de educação pública de qualidade, tanto no atendimento à população quanto aos salários dos funcionários”, ressalta.

A Operação

Das sete obras investigadas na primeira fase da Operação Quadro – que apura desvios de dinheiro público na construção e reforma de colégios no Paraná – seis estão paradas.

Todas as licitações foram vencidas pela Construtora Valor que recebeu o dinheiro, mas não entregou as obras. Mais de R$ 20 milhões foram desviados. O dono da construtora, Eduardo Lopes de Souza, fechou colaboração premiada, e apontou que o dinheiro abastecia a campanha de reeleição do governador Beto Richa (PSDB).

Segundo o delator, o então superintendente de Educação, Maurício Fanini, esperava arrecadar R$ 32 milhões com os desvios. Além disso, Lopes de Souza apontou envolvimento do chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB) e do deputados Ademar Traiano (PSDB) e Plauto Miró (DEM).

Nova fase da Quadro Negro

Ainda com o processo da primeira fase em andamento, a Operação Quadro Negro ampliou a investigação. A nova fase atinge outras 13 construtoras. São pelo menos outros 18 colégios de diversas regiões do Paraná vítimas dos desvios e do descaso com a educação.

SERVIÇO

CURITIBA – Ato em defesa da Educação – Aula pública: Cadê o dinheiro roubado da educação?
11h – Colégio Estadual Amâncio Moro
17h – Boca Maldita

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