Por 26 votos a favor e 11 contrários, a Câmara de Curitiba aprovou nesta terça-feira (7), em 1º turno, projeto do prefeito Rafael Greca (DEM) que prorroga o congelamento das carreiras dos servidores municipais para até o fim de 2022. Na mesma sessão, foi aprovado um novo aporte de R$ 6 milhões ao CuritibaPrev, previdência complementar privada que a gestão quer impor aos trabalhadores do município.

Além dos planos de carreiras, a proposta mantém suspensos os procedimentos de transição da parte especial para a parte permanente do quadro de servidores municipais, mudanças de área de atuação, mudanças de classe, os crescimentos vertical e horizontal, o crescimento entre referências, o crescimento entre padrões, o avanço linear e o avanço por titulação.

As carreiras dos servidores estão suspensas desde 2017, após a aprovação do “pacotaço”, também chamado “plano de recuperação de Curitiba”. O congelamento já havia sido prorrogada em 2019 e terminaria em 31 de dezembro deste ano.

Vice-líder da oposição na Câmara, Professora Josete (PT) apontou a falta de diálogo e a desvalorização do trabalho do servidor público como marcas da gestão Greca. A vereadora ainda criticou as prioridades da gestão. “Os servidores vêm sendo sacrificados por essa gestão desde 2017”.

Apesar de apontar superávit nas contas, novamente quem é punido é o servidor. “Paralelo a isso, desde 2020 já foram repassados às empresas de transporte R$ 389 milhões. Essa é uma opção política da gestão, de onde está sendo priorizado os recursos públicos”, acrescentou Professora Josete.

Sindicatos – A professora Diana Abreu, presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), reclamou da redução progressiva dos recursos destinados à educação e à valorização do funcionalismo, desde 2017. Segundo ela, outros municípios não suspenderam o reajuste salarial. “Curitiba poderia investir 100% dos recursos do Fundeb na valorização do magistério”.

“O pessoal contratado no último concurso, sabe o que está acontecendo? Esse pessoal está saindo. Está largando, é investimento público [em capacitação] jogado no lixo. Porque [o servidor] não vê perspectiva de crescimento”, destacou Rejane Soldani, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Curitiba (Sigmuc).

“Tudo aumenta. Água, luz, alimentação, transporte. E como podem os servidores continuarem com seus salários congelados? Nem vale-alimentação a prefeitura concede aos servidores”, acrescentou a coordenadora-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Christiane Schunig.

Votos – Votaram a favor da prorrogação do congelamento: Alexandre Leprevost (SD), Amalia Tortato (Novo), Beto Moraes (PSD), Eder Borges (PSD), Ezequias Barros (PMB), Herivelton Oliveira (Cidadania), Hernani (PSB), Indiara Barbosa (Novo), João das 5 Irmãos (PSL), Jornalista Marcio Barros (PSD), Leonidas Dias (SD), Marcelo Fachinello (PSC), Mauro Bobato (Pode), Mauro Ignacio (DEM), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Osias Moraes (Republicanos), Pastor Marciano (Republicanos), Pier Petruziello (PTB), Sabino Picolo (DEM), Sargento Tania Guerreiro (PSL), Serginho do Posto (DEM), Sidnei Toaldo (Patriota), Tito Zeglin (PDT), Toninho da Farmacia (DEM) e Zezinho do Sabará (DEM).

Votaram contra o projeto: Carol Dartora (PT), Dalton Borba (PDT), Denian Couto (Pode), Flavia Francischini (PSL), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB), Professora Josete (PT), Professor Euler (PSD), Renato Freitas (PT) e Salles da Fazendinha (DC).

Nesta quarta-feira (8), os projetos de prorrogação da suspensão das carreiras e de um novo aporte ao CuritibaPrev serão votados em 2º turno.

*Com informações da Assessoria da CMC

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