A Escola Municipal Bento Mossurunga, no bairro Alto Boqueirão, é uma das unidades da rede municipal de ensino de Curitiba que precisa de uma atenção especial da Secretaria de Educação. Não é de hoje que a comunidade reclama da situação estrutural da escola e da necessidade de reformas urgentes. Algumas melhorias feitas pela prefeitura no fim do ano passado não sanaram os problemas que afetam o trabalho de professores e o atendimento de 430 crianças em tempo integral

A vereadora Professora Josete (PT) visitou a escola para verificar in loco os problemas que a escola enfrenta e buscar informações atualizadas sobre a execução de emenda parlamentar de autoria do seu mandato destinada ao Bento Mossurunga para o orçamento deste ano. Aprovado no passado na Câmara, o recurso no valor de R$ 150 mil é destinado a reformas na escola. “A emenda parlamentar é um instrumento que os vereadores têm para especificar o destino de uma parte dos recursos do orçamento do município. O recurso deve ser aplicado pela prefeitura, mas depende da autorização do prefeito”, explica a parlamentar.

Apesar de já estarmos se aproximando do fim do ano letivo, a emenda ainda não foi aplicada na escola. Segundo o diretor Everton Rodrigues Passos, a primeira expectativa é que as reformas iniciassem no início do segundo semestre e o novo prazo anunciado pelo Núcleo à escola é fevereiro de 2020. “Nos preocupa essa demora para execução do que estava previsto na emenda. Sabemos que as emendas para reformas elas demoram mais do que por exemplo as que são destinadas a materiais e insumos, porém no caso do Bento Mossurunga a morosidade tem trazido reflexos no trabalho de professores e no atendimento de alunos”, comenta Professora Josete.

Durante a vistoria na escola, Josete constatou a condição precária de vários pontos na unidade; como a situação dos banheiros – alguns com pouco espaço, outros com problemas em encanamentos, rachaduras ou com falhas da última reforma feita; rachaduras em paredes e portas, problemas nos pisos das salas de aula; rede elétrica precária que necessita de uma reforma geral; e inadequações no que diz respeito à acessibilidade.

Foto: Júlio Carignano

As escandarias também são um problema. As que ficam no pátio perto do ginásio necessitam de um rebaixamento para evitar acidentes com as crianças. Já a edificação principal ainda conta com uma escadaria em formato caracol. Além de ser estreita e representar perigo para os estudantes, ela está totalmente inadequada às questões de acessibilidade.

A escola necessita com urgência de um toldo ligando as salas de aula ao ginásio, uma vez que nos dias de chuva as crianças ficam impossibilitadas de fazer as aulas de educação física. Apesar de atender 430 crianças de 1º ao 5º ano, a escola não conta com uma biblioteca. No refeitório é preciso fazer um rodízio devido o espaço não comportar o número de crianças.

Professora Josete informou que enviará ofícios e buscará um contato direto com a direção do Núcleo Regional para relatar a situação verificada no CEI Bento Mossurunga e cobrar maior agilidade na execução desta emenda para reformas na unidade. As emendas parlamentares para o orçamento de 2019 somam R$ 38 milhões, previstos na rubrica orçamentária “reserva de contingência” e divididos igualmente entre os 38 vereadores.

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