A Câmara de Curitiba rejeitou nesta segunda-feira (17) projeto de lei que buscava incluir portadores de fibromialgia nas filas preferenciais de estabelecimentos públicos e privados. De iniciativa da Professora Josete (PT), a proposta representaria um avanço na luta dos portadores da doença no sentido de reconhecer limitações que a fibromialgia acarreta na vida de pacientes.
A fibromialgia é uma síndrome que provoca dores por todo o corpo durante longos períodos, sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. A doença atinge cerca de 3% da população brasileira, sendo que, de cada 10 portadores, oito são mulheres.
A síndrome ainda é pouco conhecida da população e as causas ainda são desconhecidas, mas alguns fatores podem estar relacionados a questões genéticas, infecções virais e doenças autoimunes. A doença ainda não tem cura e o tratamento é multidisciplinar.
Josete defendeu o acolhimento dos portadores da doença. “Quem conhece portadores e portadoras desta doença sabe do sofrimento destas pessoas. São dores fortes que limitam a atividade e aprovação deste projeto seria um reconhecimento que proporcionaria qualidade de vida para um grande grupo de pessoas. A proposta também pode ser um primeiro passo para iniciarmos uma discussão mais aprofundada sobre esse problema grave que acomete 3% da população brasileira”, argumentou a vereadora.
A parlamentar citou projetos já aprovados em outros municípios do Paraná como Castro e Bituruna, além de outros municípios do Sul do Brasil, como Joinville, Florianópolis e Pelotas. De acordo com a matéria, a identificação dos beneficiários, caso a lei fosse aprovada, se daria por meio de apresentação de laudo médico.
Durante os debates, o vereador Pier Petruziello defendeu a rejeição do projeto. Líder do prefeito Rafael Greca, ele leu parecer da Secretaria Municipal de Saúde com argumentações contrárias, em especial que o PL abriria precedente para que portadores de outras patologias também reivindicassem condições de preferência.
Após as falas favoráveis e contrárias ao projeto, a maioria da Câmara seguiu a orientação do líder da base de apoio de Greca. Dos 38 vereadores, 26 estavam presentes na votação. Foram 15 votos contrários, 10 favoráveis e uma abstenção (ver foto acima).
Portadoras da doença acompanharam a votação e lamentaram o resultado. “Em vários outros municípios este projeto foi aprovado, além de outras propostas voltadas aos fibromiálgicos. Por que Curitiba, uma cidade deste tamanho não pode aprovar e dar as mãos para gente? A gente faz tanto pela cidade, mas a cidade não pode fazer isso para a gente?”, questionou Alessandra Sans, da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro).
A primeira capital do Brasil a rejeitar o PL, que não onera o município em nada. Mas não desistiremos! Os fibromiálgicos de todo o Brasil estão de luto! Apoiamos a vereadora e todos os demais que votaram a favor! Saúde deveria ser interesse de todos…infeliz, infundada e lastimável decisão do Legislativo de Curitiba!
E lamentável tal situação,até aqui na região metropolitana tem município que aprovaram a lei e ainda ,para os portadores isentaram de pagar o IPTU,vergonha Curitiba,uma cidade tãi linda e com secretaria de Saúde achando que e mimi ,o gente que pensa pequeno…#indgnada
Lamentável este placar
Mais bom guardamos pra lembramos os eleitores dos votos destes vereadores. Só votam qdo é alguma pauta em benefício próprio
É uma vergonha que esse vereador Pier tenha se dado ao trabalho de dificultar uma simples lei que significaria um pequeno avanço pra os portadores dessa terrível doença. Convido ele pra passar um dia comigo, que tenho o diagnóstico de fibromialgia a 7 anos, pra ver se ele realmente acha possível ficar numa fila: me ofereço como prova. Quanto ao argumento de que abriria precedente pra outras doenças: QUE SE DÊ O ‘BENEFÍCIO’ A OUTROS TAMBÉM, ORAS! Que tipo de política pública é essa? É preciso acolher os que estão com necessidades patológicas!
Eu sou portadora da fibromialgia… Trabalho na educação infantil… Não está sendo fácil, não estou conseguindo comprar a medicação que é muito cara . A um mês estou com forte crise de dor devido não poder comprar a medicação.. Só quem tem sabe como é difícil trabalhar com dor.
Uma verdadeira vergonha!!! É só aqui no Paraná, que os deputados são leigos nessa questão. Na grande maioria dos estados, não só votaram a favor desse projeto, como muitos outros. A verdade, é que as pessoas sequer imaginam o que nós, portadores da doença passamos. Triste realidade a que vivemos!!!
Eles fazem tal negação pois acredito não haver nenhum de seus familiares e outra porque não é um projeto que viabiliza dinheiro para eles, mas vale a pena guardar nomes e divulgar para a população não votar nesta caricaturas que se acham gente eu que faço parte de uma fibromialgica sei o quanto sofrem com estes descaso consegui um benefício para minha esposa através do ministério público federal de justiça.
Meu Deus, eu estava ansiosa esperando que vcs sentissem um pouco da dor que nos sentimos, porque nós somos humanos e quando vemos alguém sofrendo. ..sofremos juntos, mas acho que nesse meio de vcs não tem ninguém que sofra de alguma coisa, porque se tivesse tinha pensado um pouco em nós fibromialgicos, por exemplo hoje eu tinha que resolver várias coisas inclusive ir em banco. ….Mas amanheci muito mal, fiquei de cama o dia inteiro, sem contar que o perito deu indeferido o meu caso, quem que consegue trabalhar cuidando de 13,14 pacientes au mesmo tempo, com muitas dores pelo corpo inteiro? Sem contar que o psicólogo já foi pro pal também, a minha vontade é de chorar, chorar muito, pois olham para o exterior, mas o interior está se desmanchando cada dia mais e o pior que ninguém vê, pensem mais um pouquinho, e revejam, para podermos sentir um pouco valorizados, eu vou orar cada dia mais por vcs e tenho certeza que Deus vai nos abençoar, fiquem todos com. …
É muito triste isso que continue não sendo levado a sério uma doença que incapacitante que causa tanta que dor e ainda e discriminada.pela ignorância e falta de empatia.