“Esse é o momento mais difícil desde a redemocratização do país, desde a primeira eleição direta para presidente da república. Momento de posturas antidemocráticas que beiram o fascismo, onde o ódio e a violência tem sido uma constante”. A declaração feita pela Professora Josete (PT) refere-se ao momento político e os ataques que a caravana do ex-presidente Lula recebeu nos estados do sul do Brasil, especialmente no Paraná, onde dois ônibus da caravana sofreram um atentado à tiros.
A vereadora acompanhou atividades da caravana pelo Paraná, encerrada no dia 28 de março com um grande ato suprapartidário em Curitiba, que reuniu mais de 15 mil pessoas na Praça Santos Andrade. Para a parlamentar, o evento na capital do estado foi uma amostra que o projeto de inclusão e superação de desigualdades proposto pela esquerda segue vivo.
“De um lado está uma minoria raivosa e violenta que presta um desserviço à democracia. Que tem como uma única bandeira o ódio. Do outro estão aqueles e aquelas que buscam a retomada de um projeto de inclusão, superação das desigualdades e de um país soberano”, apontou Josete.
A Caravana de Lula pela região sul do país estava marcada para terminar no dia 28 de março com uma agenda partidária, porém transformou-se em uma reação unitária dos partidos de esquerda para o combate ao fascismo e em defesa da democracia após o atentado a tiros contra dois ônibus da caravana de Lula ocorrido na estrada, à luz do dia anterior, no trecho entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, região sudoeste do Estado.
Mais de 15 mil pessoas acompanharam o ato, que começou e terminou com chuva forte, e teve ainda a participação da bancada do Partido dos Trabalhadores de várias regiões do país, como Fernando Haddad, Benedita da Silva, Lindberg Farias, Paulo Pimenta. No mesmo palco também estavam os três pré-candidatos de esquerda: Lula (PT), Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB).
Professora Josete, a única vereadora do PT em Curitiba, falou em “resistência e enalteceu que Lula chegou á presidência por um projeto coletivo de nação”. Para além dos partidos, representantes das centrais sindicais CUT, Força Paraná e Intersindical, a presença de representantes do MST, da Frente Povo Sem Medo, do MAB, da UJS, do Levante Popular da Juventude.
Lula falou que a direita não está fazendo política e não sabe respeitar o jogo democrático. “Fazer política é fácil. Lança um candidato, vamos às urnas e quem ganhar toma posse. Quem perdeu que chore, como chorei quando perdi para o Collor ou quando perdi duas vezes para o Fernando Henrique. Mas se acham que fazendo isso irão nos assustar, estão enganados. Isso só irá nos motivar. Não podemos permitir que depois do nazismo, do fascismo, esses grupos de fanáticos façam isso”, disse o ex-presidente.