A vereadora Professora Josete utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba na manhã de hoje (04) para repudiar os atos de violência que ocorreram ontem contra professores e professoras na Assembleia Legislativa do Paraná. Professores e funcionários de escola protestavam contra a aprovação do projeto de lei 434/2014, que prorroga por um ano o mandato dos atuais diretores e vice-diretores das escolas estaduais, quando foram retirados à força. Pelo menos quatro deles foram agredidos fisicamente. “Eu tenho certeza que se fossem orientados para isso, os seguranças da casa teriam totais condições de conter qualquer manifestação sem violência. Não foi o que aconteceu. O senhor Valdir Rossoni, presidente da Assembleia, ordenou a retirada dos professores à força. Esse tipo de atitude não pode ser tolerada. Nada justifica a violência”, criticou Josete.

A vereadora destacou a importância das manifestações para o processo democrático. “Nós lutamos por muitos anos nesse país para garantir a democracia, para garantir que todas as vozes fossem ouvidas. Não podemos permitir que esses direitos sejam agredidos dessa forma”, apontou.

O projeto paralisa o processo eleitoral nas escolas que iriam eleger novos diretores no próximo dia 26. Uma das justificativas foi de que este ano o processo coincidiria com o processo eleitoral do país. Josete explicou que esse argumento não faz sentido, já que com as eleições sendo marcadas para o ano que vem e considerando que o mandato da direção das escolas é de três anos, as próximas eleições também coincidiriam com ano eleitoral – no caso, 2018.
De acordo com matéria publicada no site da APP, o sindicato recorrerá às Comissões Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da própria Assembleia para que estas acompanhem e cobrem medidas contra ação da segurança, ordenada pelo presidente da Casa Legislativa, deputado Valdir Rossoni. “Mais uma vez a educação do Paraná é agredida física e moralmente, demonstrando que a valorização dos trabalhadores em educação não passa de discurso na fala de algumas autoridades do Estado. O que vimos hoje, na Alep, se soma à tragédia do 30 de agosto de 1988, quando a nossa categoria foi brutalmente cerceada do seu direito de livre manifestação. Estávamos, diante da aprovação da lei que suspendeu a eleição, manifestando nosso repúdio com palavras de ordem. Em nenhum momento nossa categoria ultrapassou qualquer limite. Apenas exercitava o direito democrático de se manifestar”, analisou o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão. A entidade também acionará a Assembleia Legislativa para que investigue e puna os responsáveis pelas agressões.

Veja no vídeo algumas das cenas lamentáveis

 

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