curitiba estupros

Curitiba é uma das capitais com maior taxa de estupros do Brasil. A triste informação está no 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste mês pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A capital paranaense registrou 31 estupros a cada 100 mil habitantes em 2015, enquanto a média entre as capitais é de 22,8 estupros a cada 100 mil habitantes – a “cidade modelo” é a oitava capital do país com a maior taxa de estupros. Em números totais, foram registrados 582 estupros em Curitiba durante o ano passado, um a cada 15 horas.

Entre os estados, a situação do Paraná é ainda pior. O estado tem a quinta maior taxa de estupros a cada 100 mil habitantes do país: 36,9. Em números totais, a situação também é alarmante: terceira posição, com 4.120 casos registrados, atrás apenas de São Paulo (9.265 casos) e Rio de Janeiro (4.887 casos). É importante lembrar que estes números são de ocorrências registradas. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que apenas 10% dos casos de estupro são reportados à polícia. A estimativa é que o número de estupros por ano no Brasil seja de em torno de 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país (os números oficiais registram 45.460 estupros no Brasil em 2015).

Diminuição nos casos, aumento nas queixas

De modo geral, o Brasil registrou uma diminuição de 10% nos casos de estupro, de 50.438 casos em 2014, para 45.460 em 2015. Por outro lado, o Disque 180, a central de atendimento para mulheres que recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços de rede de atendimento à mulher e que fornece orientação sobre direitos das mulheres e a legislação, divulgou um aumento de 129% no número total de relatos de violências sexuais (estupro, assédio, exploração sexual), representando uma média de 9,53 registros por dia.

Apesar do aumento das queixas seja algo ruim, a princípio, pode também significar que há um “avanço em relação ao reconhecimento das graves violações de direitos humanos cometidas contra mulheres”, segundo a pesquisadora Marina Pinheiro, que escreve um texto sobre a violência sexual no relatório.

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